Unicamp e Embrapii lançam centro de pesquisa para inovação em energias renováveis

A unidade Embrapii E-Renova realizará estudos para criação de novos produtos e processos para a indústria a partir do processamento de biomassa, resíduos agroindustriais e biocombustíveis. Fotos: Pedro Amatuzzi - Inova Unicamp
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Com o objetivo de potencializar a competitividade brasileira com foco na sustentabilidade, foi inaugurada, nesta quarta-feira, 8 de novembro, uma nova unidade de referência voltada à inovação em energias renováveis no país: a Embrapii E-Renova. A iniciativa é da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Localizado na Faculdade de Engenharia Química (FEQ Unicamp), no campus da Unicamp, em Campinas, o centro terá investimento inicial previsto de 4,8 milhões de reais.

A E-Renova é uma unidade de competências em energias renováveis para o desenvolvimento de projetos em parceria com empresas do setor industrial, estimulando a transferência de conhecimentos e a busca de soluções tecnológicas. A unidade realizará estudos para criação de novos produtos e processos para a indústria a partir do processamento de biomassa, resíduos agroindustriais e biocombustíveis, especialmente aqueles de alta densidade energética, cujo potencial de desenvolvimento no Brasil é elevado.

“Essa é uma área essencial para o país. Ao se ter um estreitamento de relação com o mundo empresarial promovido pela Embrapii, a Universidade tem mais condições de transformar o conhecimento, a ciência e a tecnologia, gerados dentro da universidade, em inovação e produtos que têm impacto na economia. Isso significa desenvolvimento da sociedade, melhoria da justiça social, geração de renda para as pessoas e aproxima o Brasil do mundo desenvolvido”, disse o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, durante a inauguração.

Como a E-Renova vai funcionar

A E-Renova é a segunda unidade de pesquisa credenciada pela Embrapii na Unicamp. A primeira já funciona no Centro de Química Medicinal (CQMED) e tem foco no desenvolvimento de biofármacos e fármacos. As pesquisas que serão desenvolvidas na unidade, por sua vez, serão direcionadas a novos processos e produtos em energias renováveis, como a produção de biocombustíveis a partir de resíduos agroindustriais – incluindo os de cana-de-açúcar, milho e florestais, gerados pela indústria de papel e celulose –, dentre outros.

Pesquisadores, investimentos e bolsas

A nova unidade E-RENOVA será coordenada pelo professor Rubens Maciel Filho, assistido pelo professor Leonardo Vasconcelos Fregolente, ambos da FEQ Unicamp. Eles vão gerenciar uma equipe composta por 12 docentes, além de funcionários, pesquisadores e alunos da FEQ, com diferentes especialidades. Para apoiar os pesquisadores, está prevista a oferta de bolsas nas categorias de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado.

O novo centro E-Renova também contará com apoio da Agência Inova Unicamp, que vai oferecer toda a sua expertise para facilitar os processos de proteção da propriedade intelectual e de transferência das tecnologias desenvolvidas na unidade, bem como dar suporte às negociações com as empresas interessadas em firmar convênios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com a Unicamp.

Convênios de pesquisa com empresas

Um dos objetivos da Unidade Embrapii E-Renova é fortalecer as parcerias universidade-empresa que já existem na Unicamp, além de atrair novas empresas parceiras, incluindo as startups. O novo centro de pesquisa da Embrapii tem potencial para consolidar a FEQ como um polo de desenvolvimento tecnológico nacional em biocombustíveis e energias renováveis, com a apresentação de soluções inteligentes de base tecnológica, seguindo critérios de sustentabilidade.

Os projetos a serem desenvolvidos terão interfaces com empresas dos setores sucro-milho-energético, biotecnologia industrial, florestal, óleo e gás e de produtos e energias renováveis. Também estão contemplados no projeto objetivos como a geração de propriedade intelectual, formação de recursos humanos especializados e a consolidação de novas áreas de pesquisa.

Fonte: Inova Unicamp