33º Encontro Técnico/Fenasan 2022: painel sobre BIM discute planejamento para aplicação de novos processos e tecnologias na engenharia  

Discussão teve participação de Marco Antonio Lopez Barros, superintendente da Sabesp, e Luiz Roberto Gravina Pladevall, vice-presidente da APECS, que abordaram o novo conceito para alavancar os empreendimentos”.
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Os esforços para implementação corporativa da digitalização dos processos de engenharia foi o tema discutido no painel ‘BIM, um novo conceito para alavancar os empreendimentos’, nesta quinta-feira, 15 de setembro, último dia do 33º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2022. Promovida pela Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp, esta edição do maior evento de saneamento e meio ambiente da América Latina aconteceu de forma presencial, no Expo Center Norte/SP, e online.

O debate foi moderado por Tarcísio Nagatani, diretor de Comunicação e Marketing da AESabesp (coordenador do painel ao lado de Maria Aparecida Silva de Paula, diretora Social da entidade). Os convidados para abordar o tema foram Marco Antonio Lopez Barros, superintendente de Gestão de Empreendimentos da Sabesp, e Luiz Roberto Gravina Pladevall, vice-presidente da Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente (APECS).

O BIM, que significa, Building Information Modelling, representa mais do que um projeto em 3D, segundo Marco Antonio. “Ele é muito mais profundo e complexo. É um conjunto de processos, políticas e tecnologias que envolvem todo o ciclo de empreendimentos, e ele se torna cada vez mais importante”, explicou o especialista. O convidado acrescentou que a ferramenta é uma parte importante para realizar uma gestão de ativos mais efetiva.

Essa metodologia serve para produzir e gerenciar informações de empreendimentos e ativos de engenharia, passando por todos os ciclos, desde a concepção, de acordo com o palestrante. Marco Antonio também pontuou os níveis de implementação da ferramenta, sendo eles: modelagem BIM (projetos, compatibilização, quantitativos e imobilização de ativos); planejamento (acompanhamento de obras e sequenciamento construtivo); orçamentação (estimativas de custo e acompanhamento físico-financeiro); análises (sustentabilidade e otimização operacional) e operação e manutenção (operação de ativos em tempo real – Gêmeos Digitais).          

Foi relembrado, por Luiz Pladevall, o histórico e as leis que estabelecem diretrizes para a implantação de métodos como o BIM, como Decreto Federal nº 9.377, de 2018, que estabelece a Estratégia Nacional de Disseminação do Building Information Modelling, o Decreto nº 9.983, de 2019, instituindo o Comitê Gestor da Estratégia do BIM e o Decreto mº 10.306, de 2020, o qual estabelece a utilização do BIM na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal. Explicando que as legislações são relativamente novas, o palestrante disse que “nós estamos no início, tem muita coisa para fazer, e nós precisamos trabalhar juntos. Essa integração entre fornecedor e contratado é bastante importante”.

Concluindo, Pladevall compartilhou o que é necessário para o sucesso da implementação de um novo processo, como a ausência de entraves para a participação de empresas, previsibilidade dos avanços e requisitos para todos os entes do setor e interoperabilidade.

Por sua vez, Marco Antonio finalizou dizendo que “os desafios são grandes, mas se não estabelecermos metas e tentarmos persegui-las, não teremos nada”.

33º Encontro Técnico/Fenasan 2022

Esta edição teve como tema “Saneamento: prioridade para a vida” e reuniu especialistas do saneamento em 12 mesas redondas e 8 painéis de discussão. Nos três dias do evento, mais de 100 especialistas apresentaram cases, trabalhos técnicos e novidades para o setor.

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