34° Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2023: técnicos debatem eficiência e desenvolvimento operacional em empresas de serviços de infraestrutura

Especialistas das maiores organizações de gás, energia elétrica e saneamento ambiental do país analisaram o futuro das empresas de utilities no Brasil no último dia do maior evento de saneamento e meio ambiente da América Latina.
DESTAQUE-EFICIENCIA

Uma mesa redonda discutiu o futuro do setor de utilities nesta quinta-feira, 5 de outubro, como parte do 34º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2023 (Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente e Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente), a maior realização de saneamento e meio ambiente da América Latina. 

Promovida pela Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp, com co-coordenação da Associação dos Especialistas em Saneamento – AESAN, esta edição do evento aconteceu de 3 a 5 deste mês, no Expo Center Norte, em São Paulo, com o tema central  “Saneamento Ambiental na Globalização do Desenvolvimento Sustentável”. 

Coordenada pelo diretor de Comunicação e Marketing da AESabesp, Tarcísio Nagatani, a mesa reuniu representantes dos principais agentes dos segmentos de gás, energia elétrica e saneamento ambiental. A moderação foi do superintendente das Unidades de Negócio MO e MC da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Aurélio Florindo Filho. Completaram a mesa Haroldo Martins, responsável pelo setor de Qualidade de Produto do Grupo Enel; Melissa Bertolo, gerente de Integridade de Ativos com foco em Revisão de Danos da distribuidora de gás canalizado da Comgás, e Paula Alessandra Bonin Costa Violante, diretora de Engenharia e Inovação da Sabesp. 

Haroldo Martins deu início à discussão apresentando os pilares da distribuidora de energia do Estado de São Paulo. Segundo ele, todos estão ligados à segurança, principal base de sustentação da organização. Em 2023, a empresa tem trabalhado para reforçar a segurança com a população, focada em diminuir o número de acidentes e conscientizar sobre os riscos invisíveis atrelados à rede elétrica.

“Infelizmente, a energia elétrica não tem cheiro ou cor. Muitas vezes as pessoas se aproximam da rede e não sabem o risco,” afirmou. Martins explicou que o contato direto não é o único fator de risco. Dependendo do nível de tensão, somente a aproximação pode acarretar em risco de descarga elétrica. “Em torres de transmissão, um metro e meio já é uma zona considerada perigosa para a aproximação de pessoas leigas”, alerta. Já no caso de intempéries, o risco aumenta com apenas cinquenta centímetros de distância. 

Melissa Bertolo reiterou o valor inegociável da segurança e apontou a necessidade de investir em diversidade no saneamento. Ela contou sobre as iniciativas de desenvolvimento e busca de diversidade impulsionadas pela Comgás e citou o programa de excelência e as parcerias com o Centro Paula Souza, com o programa Minha Chance, com o projeto Mulheres em Construção e com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo. Juntas, as organizações formam gasistas e encanadoras mulheres, ação importante em um mercado majoritariamente masculino.

Já Paula Violante discutiu questões de saneamento ambiental sobre as estações de recuperação de recursos hídricos e o impacto da economia circular. Em busca de avanços na eficiência operacional, Violante defende o trabalho em conjunto das empresas de gás, energia elétrica e saneamento. “É muito importante que a gente esteja cada vez mais integrado, inclusive pela questão da regulação”, avaliou.

Acompanhados pela moderação, os especialistas ainda apontaram a relevância do aproveitamento do biogás em frotas de ônibus, de biossólidos para a agricultura, o beneficiamento do lodo, energia fotovoltaica, cogeração de energia e a água de reúso.

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