Catástrofes climáticas deslocam três vezes mais pessoas do que guerras, alerta ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, pede para que todos os países invistam em sistemas de aviso prévio e que apoiem aqueles que não têm capacidade para tal. Imagem: OMM/Guillaume Hobam.
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“As catástrofes climáticas deslocam três vezes mais pessoas do que a guerra”. Este alerta foi feito pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, nesta quinta-feira, 13 de outubro. A data marca o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres, destacando avanços na prevenção e redução do risco de calamidades.

Segundo a ONU, neste ano, o foco é o aumento substancial da disponibilidade e acesso a sistemas de alerta precoce e avaliações de riscos para as pessoas até 2030. Assim, em vídeo, Guterres afirma que as catástrofes climáticas estão afetando os países e as economias como nunca, com as crescentes emissões de gases de efeito estufa que contribuem para eventos climáticos extremos em todo o planeta.

Para exemplificar, Guterres citou a devastação causada pelas cheias no Paquistão, ressaltando a perda de vidas e os prejuízos financeiros. O secretário-geral da ONU afirma que “metade da humanidade já se encontra na zona de perigo”.

Guterres também acredita que o mundo esteja falhando no investimento de proteção de vidas e dos meios de subsistência daqueles que estão na linha de frente. Para ele, aqueles que menos contribuíram para a crise climática são os que pagam o preço mais alto.

Além disso, ele lembrou que, sem meios de alerta prévio, comunidades inteiras são pegas desprevenidas por sucessivos desastres climáticos, reforçando a importância de avisos adequados.

Neste contexto, em novembro deste ano, será lançado na Conferência sobre Mudança Climática da ONU, COP 27, no Egito, um plano de ação para fornecer sistemas de alerta antecipado para todos no espaço de cinco anos.

Assim, o secretário-geral da ONU apela a todos os países que invistam em sistemas de aviso prévio e que apoiem aqueles que não têm capacidade para tal, concluindo que sempre “haverá eventos climáticos extremos, mas que esses não precisam se tornar catástrofes mortais”.