Instituto Akatu: pesquisa mostra que cada brasileiro consome o equivalente a 160 andares de recursos naturais

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente (celebrado em 5 de junho), que este ano completa 50 anos, temos a oportunidade de refletir sobre a nossa relação com a natureza e sobre como nosso estilo de vida depende dela.
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Pense em tudo que você compra, usa, descarta — e eventualmente desperdiça. Dependemos da natureza para sobrevivermos, desde a produção de alimentos que consumimos até mesmo itens que parecem distantes do meio ambiente — de um simples chiclete a um automóvel — na verdade tudo exige recursos naturais, como matéria-prima, água e energia para ser produzido. Viver em harmonia com a natureza, de forma mais sustentável, é o único modo possível para que haja o suficiente para todos e para sempre, aponta o Instituto Akatu. 

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente (celebrado em 5 de junho), que este ano completa 50 anos, temos a oportunidade de refletir sobre a nossa relação com a natureza e sobre como nosso estilo de vida depende dela.

Quando a fauna, a flora, os rios e as matas estão sob risco, por questões como queimadas, desmatamentos, poluição, uso de agrotóxicos, caça e reflexos do aquecimento global, os ecossistemas entram em desequilíbrio afetando diretamente nossas vidas, seja no fornecimento de alimentos, na disponibilidade de água potável, na qualidade do ar e até mesmo no controle de pestes e doenças.

Segundo estudo do Instituto AKatu, cada brasileiro consome, ao longo de sua vida, o equivalente a 160 andares de recursos naturais. Para se ter uma ideia, se o volume de todos esses recursos naturais fosse colocado em tambores de 1,8 metro x 1 metro e empilhados, eles alcançariam a altura do maior edifício do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai, que tem mais de 800 metros de altura. 

“Proteger o meio ambiente, preservar ecossistemas e adotar hábitos de consumo mais conscientes e sustentáveis é uma tarefa inadiável”, comenta Bruna Tiussu, gerente de comunicação do Akatu.

Viver em harmonia com a fauna e com a flora 

O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo, abrigando cerca de 20% de todas as espécies da fauna e da flora conhecidas do planeta. São mais de 116 mil espécies de animais e mais de 46 mil espécies vegetais, distribuídas por seis biomas distintos, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. Porém, o número de animais ameaçados de extinção dobrou de 2014 para 2022 e já contabiliza 1.339 espécies, segundo a Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio).

A lista inclui animais que são símbolos do Brasil, como a onça-pintada, do Pantanal Sul-Matogrossense, que além da caça ilegal e do avanço da agropecuária, que desmata habitats naturais, recentemente foi identificado mais um fator que coloca esses animais em risco, o envenenamento por agrotóxicos.

Também ameaçados de extinção, o tamanduá-bandeira, a ararinha-azul, o boto-cor-de-rosa e o lobo-guará, em geral são vítimas da caça predatória. Já a borboleta campoleta, que só existe no Rio Grande do Sul, por exemplo, está desaparecendo e se tornando cada vez mais rara nos Pampas. Assim como as abelhas, as borboletas são polinizadores importantes e sua extinção é prejudicial para o equilíbrio da reprodução de plantas com flores silvestres, terras agrícolas e safras alimentares.

Além de animais, diversas espécies vegetais também estão em risco em todo o país, como a araucária, o pau-brasil, a bromélia, o jaborandi e o jacarandá paulista. Da Mata Atlântica original, por exemplo, só restaram meros 12,4%, de acordo com o INPE. E estima-se que até 85% das espécies da Amazônia em risco de extinção perderam parte substancial de seu habitat nas últimas décadas, devido a queimadas e desmatamento.

Contudo, o risco ao meio ambiente se estende para nascentes, rios, lagos, mares e oceanos, ampliando a necessidade de uma transição para o desenvolvimento sustentável, em que se estabeleça estilos de vida sem excessos nem desperdícios.

“Para poder nos orgulhar de tanta biodiversidade, torna-se necessário repensar nosso estilo de vida para não a prejudicar ainda mais e, sim, protegê-la, por meio de práticas de consumo consciente”, destaca Bruna.

Pratique o consumo consciente e proteja o meio ambiente

Abaixo, seguem alguns dos principais pontos levantados pelos especialistas do Instituto Akatu para a adoção das melhores escolhas de consumo, contribuindo para a preservação da natureza e para a sustentabilidade da vida no Brasil e no planeta:

  • Reflita antes de cada compra e, se realmente precisar de um novo produto, priorize opções mais sustentáveis;
  • Prefira alimentos orgânicos que dispensam o uso de agrotóxicos tão prejudiciais aos solos, nascentes e para diversas espécies animais e vegetais;
  • Reduza o consumo de carne bovina e contribua para apreservação da natureza e combate da crise climática;
  • Priorize produtos com origem certificada que ateste a sustentabilidade da sua origem e da cadeia produtiva;
  • Separe seus resíduos para reciclagem e impulsione a economia circular que irá poupar recursos naturais na produção de novos itens.

Para saber mais sobre hábitos de consumo consciente e biodiversidade, acesse o guia digital do Instituto Akatu: Primeiros Passos: Biodiversidade.

Saiba mais

Em 2022, o Dia Mundial do Meio Ambiente completa 50 anos. A data foi criada na Conferência de Estocolmo de 1972, na Noruega, a primeira Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano. Ao longo de cinco décadas, a data já teve como temas a proteção à camada de ozônio, o combate ao desperdício, a poluição do ar e da água, a desertificação e ameaças à biodiversidade. Este ano, o tema da data é “Uma Só Terra: vida sustentável em harmonia com a natureza”.

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