É cada vez maior a necessidade de se criar alternativas para a fabricação de roupas, sapatos e acessórios que são produzidos com couro de origem animal. Há uma preocupação com o bem-estar das vacas e a sustentabilidade ambiental de todo o processo, passando pela criação dos bovinos, a fabricação do produto e o seu descarte, além da economia dos recursos naturais envolvidos nesta cadeia.
Empresas americanas já patentearam as tecnologias para a fabricação de couro derivado de fungos. A produção vai usar a chamada micélio, uma parte semelhante à raiz dos cogumelos, que contém o mesmo polímero encontrado na casa do caranguejo. Mais econômico e sustentável por não precisar de hectares de terra e toneladas de grãos para a criação de gado, o cogumelo é cultivado em esteiras gigantes ou tonéis com açúcar de beterraba, melaço ou subprodutos da indústria como serragem. Para ganhar a semelhança do couro, os fungos são desidratados e são usados ácidos leves, álcool e corantes para modificar o material.
A nova alternativa também favorece a enorme economia de tempo, dinheiro e recursos para a fabricação do produto. O processo é simples e pode ser executado com o mínimo de equipamentos por artesãos, que em poucas semanas produzem um tapete natural de fungos. Já uma vaca leva cerca de dois anos para crescer até que sua pele esteja pronta para ser transformada em couro. O resultado final apresenta um couro semelhante ao animal no aspecto, textura e durabilidade.
Fonte: Pensamento Verde