Celebrando o Mês da Mulher, a Associação dos Engenheiros da Sabesp – AESabesp e a Saneas Online destacam participação feminina no saneamento e meio ambiente.
Confira os depoimentos de quatro superintendentes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp. São mulheres que, entre outras tantas, contribuem ativamente para o desenvolvimento do setor no país.
Débora Pierini Longo: “o papel da mulher pode ser qual ela sonhar”
Entre estas mulheres está Débora Pierini Longo, que é superintendente da Unidade de Negócio Oeste, atendendo na região Oeste de São Paulo, composta por 10 municípios, mais a zona oeste da capital (Butantã, Vila Sônia, Morumbi, Panambi, Campo Limpo), com 3,5 milhões de clientes. Ao todo, são 27 anos de experiência na área de saneamento.
“O papel da mulher pode ser qual ela sonhar, pois uma mulher quando conquista o que deseja, ela se engaja, compromete e realiza”, destaca Débora. “A mulher do saneamento busca levar transformação, com mais saúde e qualidade de vida para a população. A mulher tem competências que hoje o mercado pede aos profissionais. Atualmente, um dos principais requisitos para quem atua no saneamento é estar aberto à inovação e entender a importância e o potencial transformador do segmento, com foco em pessoas”, diz.
“O saneamento é um setor que está em crescimento após a aprovação do novo Marco Legal. E fico feliz que, atualmente, dentro deste segmento tão necessário e desafiador de maneira tímida, vem aumentando cada vez mais o número de mulheres, devido às suas competências naturais como a visão sistêmica, agregadora, compartilhadora, tomada de decisão rápida, comunicativas”, considera também.
Adriana Manicardi: “A presença da mulher neste setor contribui para um olhar mais diverso, plural e humano”
Adriana Manicardi é engenheira e atua na Sabesp desde 1997. Hoje, está à frente da Superintendência de Suprimentos. Com ela, existem três mulheres na liderança da unidade. “Saber que, independentemente da área, o meu trabalho contribui para levar saúde e qualidade de vida para as pessoas, não tem preço”, afirma.
Adriana conta que se apaixonou pelo setor de saneamento quando entrou pela primeira vez em uma estação de esgoto e entendeu como ela funcionava. “Ao longo dos anos tive a oportunidade de trabalhar em vários setores dentro da empresa, como tratamento de água e esgotos, operação de sistemas de coleta e interceptação e administrativo”, relembra.
“O setor de saneamento é um setor de infraestrutura com forte presença da engenharia, que tradicionalmente, e ainda hoje, tem maior presença masculina. No entanto, o avanço da presença das mulheres vem a cada dia mais ganhando visibilidade. A AESabesp é uma entidade que sempre abriu espaço para as mulheres, e foi brilhantemente conduzida por três excelentes profissionais”, frisa Adriana.
“A presença da mulher nesse setor, ou em qualquer outro, contribui para um olhar mais diverso, plural e humano, que por que não dizer, focado em metas e resultados sustentáveis. Ainda existem barreiras profissionais em setores com maior dominância masculina. Mas as organizações que têm valores calçados em ESG, que compreendem e valorizam as contribuições femininas, têm se focado no aumento da diversidade, em todas as camadas, do board até a operação, criando políticas e programas que deem sustentação a isso. Há desafios culturais e de igualdade de oportunidades, que estão avançando, mas ainda tem um longo caminho pela frente”, avalia.
Olivia Pompeu de Mendonça Coelho: “É muito gratificante fazer parte dos avanços ocorridos ao longo dos anos”
Olivia Pompeu de Mendonça Coelho é superintendente da Unidade de Negócio da Baixada Santista da Sabesp e membro da AESabesp. “A atuação das mulheres no setor de saneamento ressalta a importância da diversidade na gestão das empresas, nos processos decisórios e na participação da sociedade em geral”, diz.
“Em um setor historicamente gerenciado pelo público masculino, é muito gratificante perceber e fazer parte dos avanços ocorridos ao longo dos anos, como a liberdade de escolha das carreiras. Parabenizo todas as profissionais da AESabesp, que certamente não medem esforços em suas atuações e novos desafios”, comenta Olivia.
Paula Márcia Sapia Furukawa: mãe como inspiração
Paula Márcia Sapia Furukawa, superintendente de Gestão Ambiental, começou no setor por seguir o exemplo de vida da mãe, que sempre atuou na área social, destacando-se a presidência do Conselho Estadual da Condição Feminina e do Fórum Nacional de Conselhos da Mulher.
“E assim ela continuou a sua trajetória, sempre nos inspirando por um ambiente sem discriminação, com igualdade de direitos, sem medo de acreditar nos nossos sonhos”, conta Paula.
A superintendente lembra que cursou Engenharia em uma época de poucas mulheres no setor. Está na Sabesp há quase 30 anos, sempre atuando na área ambiental, onde teve um desafio adicional que é o da mudança de cultura da empresa em relação à sustentabilidade.
“Tenho muito orgulho de fazer parte dessa história de transformação da Sabesp, refletindo também na AESabesp. Um ambiente com muitas oportunidades de desenvolvimento e respeito à diversidade, em prol da saúde e da qualidade de vida e ambiental”, diz Paula.
Cristina Zuffo: ”mulheres estão cada vez mais atuantes”
Cristina Zuffo é superintendente de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Sabesp. Ela conta que um dos principais objetivos da área é a construção de um ecossistema de inovação com parceiros muito fortes, onde é possível discutir os rumos do saneamento, as tecnologias emergentes, recursos de fomento, testes de tecnologias, ou seja, os mais diversos assuntos relacionados ao setor e suas interfaces.
“Temos projetos muito relevantes, não só para a companhia, mas também para o setor de saneamento como um todo. Em todos eles temos uma participação muito grande de colaboradores da Sabesp e de externos sempre, não fazendo distinção alguma de gênero. Acredito que as mulheres de fato serão reconhecidas quando a escolha por profissionais for estritamente por competência sem qualquer interferência gerada pelo gênero da pessoa, seja ele qual for”, opina.
“Acredito que as mulheres são fortes para atuar em qualquer setor, elas precisam apenas entender que podem. Querer é poder! Especificamente no saneamento, as mulheres estão cada vez mais atuantes e exercendo papéis fundamentais, com senso crítico muito forte. Hoje vemos muitos movimentos mundiais para inserção das mulheres neste campo e um reconhecimento cada vez maior”, pondera Cristina.
Elas no podcast Saneamento em Foco
Neste mês, o podcast Saneamento em Foco, da Saneas Online, homenageia as profissionais do setor, com uma série de episódios especiais. Ouça aqui.
Mulher AESabesp: juntas pelo saneamento
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