Restauração de Ecossistemas, Universalização do Saneamento e Crise Pandêmica

O tema da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia do Meio Ambiente de 2021 é a Restauração de Ecossistemas. Este mês está sendo lançada a Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas. A ONU, então, nos faz um convite para atuar na Restauração de Ecossistemas de diferentes formas: plantio de árvores, implementar ações por cidades verdes, restaurar jardins, mudança da alimentação e ou limpeza de rios e costas.

O dia 5 de junho foi instituído pela ONU como o Dia do Meio Ambiente na Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano de 1972 e foi celebrado pela primeira vez em 1974.

Atualmente o mundo passa por uma das maiores crises dos últimos 100 anos, a pandemia de covid 19 que tem dizimado milhares de vida todos os dias. Quando o Dia do Meio foi instituído já vivíamos um cenário de crise ambiental, onde já havia uma preocupação pela manutenção dos recursos naturais, uma vez que estes recursos podem ser finitos. Porém, esta crise ambiental se tornou crônica, principalmente com retrocessos na legislação ambiental brasileira, somada à crise econômica potencializada pela pandemia.

Com a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento – Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020, é importante que possamos refletir e identificar como poderemos intensificar as nossas ações para atingir a universalização do Saneamento, no intuito de somar esforços às inciativas destes fóruns internacionais.

O Marco Legal do Saneamento nos traz muitos questionamentos, mas também um novo olhar na direção da Universalização do Saneamento no Brasil, um país com dimensões continentais, guardadas as diferenças sociais, culturais e econômicas entre as diversas regiões e estados da federação.

Como o setor de saneamento pode enfrentar tantos desafios e ainda somar esforços para a restauração e também conservação dos ecossistemas?

Primeiramente, não podemos perder de vista a máxima de que devemos ver as crises como oportunidades. Apesar do cenário aterrador, do colapso nos sistemas de saúde e o avanço da fome, tivemos grandes saltos científicos, como o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde. Tivemos ainda um boom no mercado tecnológico e presenciamos uma movimentação da sociedade civil no combate à fome.

O Marco Legal nos dá a oportunidade de pensar em diversificar as soluções de saneamento, pensar em planos de saneamento híbridos com sistemas centralizados e descentralizados.

Atualmente vemos empresas de outros setores trazendo inovações diversificadas de saneamento. E o que podemos inferir é que o saneamento é um negócio de impacto socioambiental. Ações de saneamento, além de proteger a saúde da população, influenciam diretamente vários fatores de promoção de qualidade de vida/bem-estar social na busca da diminuição das desigualdades no nosso país.

No combate à pandemia o saneamento, em especial a água, está presente nas principais medidas de prevenção, destaca-se o reforço nos hábitos de higiene, lavagem de mãos, limpeza de utensílios e etc., além do uso máscara e distanciamento social.

É importante a manutenção de ecossistemas de forma ampla e integrada, para que tenhamos uma convivência mais harmônica entre desenvolvimento, meio ambiente e sociedade.

Cabe a nós e às gerações futuras fazermos as pazes com o meio ambiente.

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