Nesta quarta-feira, 20 de agosto, a AESabesp e a Aesbe – Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento reuniram técnicos, especialistas e associados para o Seminário Pré-COP30 “Diretrizes para Enfrentamento da Mudança do Clima”. Realizado no Espaço PW2COW, em Pinheiros, na capital paulista, o encontro coletou contribuições de organizações do saneamento das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste para o relatório “Saneamento e Mudança Climática: Diretrizes das Empresas de Água e Esgoto para o enfrentamento de eventos anormais”, um documento de referência do setor, lançado em março, que terá uma terceira edição, ampliada a partir das discussões de dois eventos: o realizado em São Paulo e o que será promovido em 1º de setembro em Manaus/AM (clique aqui e conheça a programação).
Na abertura, Sérgio Antonio Gonçalves, diretor executivo da Aesbe, agradeceu à AESabesp por acolher a ideia de unir forças pelo saneamento na Conferência do Clima. “A COP30 é uma janela de oportunidades. A Aesbe viu essa janela porque nas outras Conferências nunca foi discutido saneamento básico. Elas abordam água e segurança hídrica, mas saneamento não se discute, principalmente em um mundo onde bilhões de pessoas vivem com a ausência de algum serviço de saneamento”, ressaltou o diretor.
Maria Aparecida Silva de Paula, coordenadora de Relações Institucionais da AESabesp, também frisou a importância da iniciativa. “É extremamente importante esse seminário que nós estamos promovendo com a Aesbe. Num momento em que os desastres são cada vez mais intensos, termos diretrizes e formas de atuar para minimizar os impactos provenientes da mudança do clima é algo fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
A palestra especial do evento foi ministrada pelo presidente da Funasa – Fundação Nacional de Saúde, Alexandre Ribeiro Motta, que discorreu sobre a crise climática e os impactos no saneamento e as ações rumo à COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro, em Belém/PA, entre elas, a Casa do Saneamento, uma iniciativa conjunta entre Funasa, Aesbe e AESabesp. Pontuou ainda a necessidade de transpassar a sustentabilidade, focando em fomentar ações regenerativas efetivas, principalmente na região Norte do país.
Antonio Miranda, especialista em gestão de serviços de saneamento e consultor da Aesbe para elaboração do relatório, e Marcelly Jayme, chefe de Departamento de Gestão de Riscos Ambientais da CEDAE – Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro e membro do Grupo Técnico de Mudança do Clima e COP30 da entidade, conduziram a discussão sobre as 60 diretrizes do documento. A coleta de sugestões foi realizada pelas relatoras Lara Dias de Jesus (diretora de Polos da AESabesp), Rosângela Galvão e Marilene Matos, associadas da AESabesp.
A versão final do relatório será lançada oficialmente na Casa do Saneamento em Belém, no Pará, durante a semana de 29 de setembro a 3 de outubro, período de abertura oficial do espaço na COP30. Em 23 de outubro, durante o Encontro Técnico AESabesp e Fenasan 2025, em São Paulo, o material será apresentado novamente e debatido no “Evento Especial na Fenasan 2025: Rumo à COP30”, consolidando os resultados e apontando caminhos para a atuação do setor nas negociações climáticas.
Para além do evento internacional em Belém, a iniciativa será essencial para impulsionar políticas a serem adotadas no futuro do setor no Brasil no futuro. Clique aqui e saiba mais sobre a parceria entre a AESabesp e a Aesbe
