Um material que usa fibras produzidas a partir da reciclagem de garrafas PET, capaz de filtrar o ar e reter até partículas tão pequenas quanto o coronavírus (cerca de 100 nanômetros), foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O trabalho integra uma pesquisa que começou a ser conduzida nos anos de 1990, no Laboratório de Controle Ambiental do Departamento de Engenharia Química (DEQ-UFSCar), e foi apresentado durante o doutorado de Daniela Patrícia Freire Bonfim, aluna de pós-graduação em Engenharia Química da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), com apoio da FAPESP. Os resultados da pesquisa foram publicados nas revistas Polymers e Membranes.
O próximo passo do grupo é desenvolver novos materiais filtrantes com aditivos biocidas e virucidas, como nanopartículas metálicas ou óleos essenciais – estes considerados mais sustentáveis e de menor risco à saúde humana.
Além da ajudar a prevenir a covid-19 e outras doenças respiratórias e infecciosas causadas por fungos e bactérias, os meios filtrantes são importantes no enfrentamento à poluição do ar, que mata cerca de 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a estimativa é de 50 mil mortes a cada ano.
Os materiais podem ser usados em equipamentos de proteção individual (EPIs) – máscaras, jalecos e outros – e em sistemas para filtração e condicionamento do ar em ambientes como hospitais, escolas e outros edifícios.
Fonte: Ciclo Vivo