Programa “Novo Rio Pinheiros” – perspectiva voltada ao saneamento na capital paulista

A água e o saneamento básico são recursos vitais e direitos humanos, cujos acessos são essenciais para a saúde, sustentabilidade ambiental e prosperidade econômica. A água consiste num dos bens ambientais mais importantes encontrados em nosso planeta. É elemento essencial para a sobrevivência dos animais e dos vegetais, sendo imprescindível para inúmeras atividades dos seres humanos. A importância da água e saneamento levou ao sexto objetivo dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas. Ele tem o propósito de assegurar que o acesso à água e saneamento seja garantido para todos, independentemente de condição social, econômica e cultural.

No Brasil, a falta de água é um problema recorrente, especialmente, nas regiões metropolitanas, onde existem grandes aglomerações populacionais. Em muitas regiões, há necessidade de se buscar água em outras bacias hidrográficas. Proteger os recursos hídricos é preservar a nossa própria existência, vez que, aproximadamente 70% do nosso corpo é composto por água. Ao cuidar da água bruta presente em nossos mananciais de abastecimento público, o ser humano está cuidando da sua própria saúde.

As principais ações para proteção dos recursos hídricos são: investimentos em saneamento básico, normas específicas de controle e fiscalização de fontes poluidoras, monitoramento de qualidade e quantidade de água; medidas de proteção de mananciais; reflorestamento de margens de corpos hídricos; dragagem; utilização de água de forma racional; educação ambiental, entre outras.

Neste sentido, as intervenções adotadas ao longo das últimas décadas, no saneamento da Região Metropolitana de São Paulo, têm evidenciado sensível melhora na qualidade das águas dos rios metropolitanos. No caso específico do rio Pinheiros, a partir de 2019, o Programa Novo Rio Pinheiros intensificou as ações de saneamento em sua bacia hidrográfica, com a ampliação de mais de meio milhão de ligações de esgoto doméstico, além das inéditas unidades recuperadoras de qualidade de água, que objetivam a remoção dos poluentes lançados diretamente nos córregos do rio Pinheiros nas regiões sem acesso à rede coletora.

Dentro de seu programa de monitoramento ambiental, a CETESB – Companhia ambiental paulista selecionou parâmetros para o controle do programa: a demanda bioquímica de oxigênio (DBO), que consiste numa medida indireta da concentração de matéria orgânica biodegradável presente na água, e o oxigênio dissolvido (OD), cuja presença está associada com a vida aquática. Os resultados obtidos para o oxigênio dissolvido revelaram melhora significativa no trecho superior do rio Pinheiros, da Usina São Paulo até a Usina Elevatória de Pedreira, principalmente, em 2019, 2020 e 2021. Os valores da demanda bioquímica de oxigênio também mostraram melhora em toda extensão do rio Pinheiros neste mesmo período. É importante frisar que essa melhora já é sentida pela população que frequenta as margens do rio Pinheiros, cujo odor desagradável de esgoto em putrefação não é mais percebido.

Esses dados encontram-se disponíveis para consulta pública na página da CETESB na internet: https://cetesb.sp.gov.br/, fornecendo total transparência à sociedade paulista sobre os impactos positivos advindos das ações de saneamento executadas na bacia de drenagem do rio Pinheiros.


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