Qualidade do ar – cuidados adicionais em época de estiagem

Não diferente da água, o ar também se apresenta como um dos recursos naturais fundamentais à vida. Aliás, não existe a possibilidade de escolher qual ar se deseja respirar em determinado momento e localidade.

O histórico de episódios envolvendo poluição atmosférica é vasto e remonta aos anos 1940, especialmente em território europeu. Em dezembro de 1952, o chamado “big smog” de Londres despertou o mundo para os perigos da contaminação atmosférica. O fenômeno foi causado pela queima de combustíveis fósseis, principalmente carvão para aquecimento e na indústria, e deixou um rastro de destruição, com diversas mortes pelo caminho.

A OMS – Organização Mundial da Saúde estima que a poluição do ar é responsável pela morte de milhões de pessoas por ano, em todo o mundo, além de provocar altos índices de absenteísmo no trabalho. Nesse sentido, o controle da poluição do ar pode prevenir, especialmente, em áreas urbanas, doenças de diversas naturezas.

No Estado de São Paulo, registros em jornais, entre 1960 e 1970, relatavam episódios intensos de poluição do ar que levaram a população ao pânico em função dos fortes odores, decorrentes do excesso de poluentes lançados por indústrias, resultando em numerosos atendimentos médicos de emergência.

O controle sistemático da qualidade do ar foi iniciado, na Região Metropolitana de São Paulo, em 1972, e passou por evolução qualitativa notável ao longo dos anos. No início da década de 1980, passou-se a utilizar o monitoramento automático da qualidade do ar, que, além dos principais poluentes atmosféricos, incluiu parâmetros meteorológicos como direção e velocidade do vento, temperatura e umidade relativa do ar.

O programa de monitoramento da qualidade do ar, conduzido pela CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, desde o início dos anos 1970, também teve a sua malha de abrangência ampliada. Iniciado na região metropolitana, expandiu-se para o interior e litoral do estado ao longo do tempo.

O conjunto de dados gerados pela CETESB traz informações importantes tanto para as tomadas de decisão pelos gestores quanto para a população, que depende da informação para a condução de suas atividades diárias. São oferecidas, à sociedade paulista, pelo Órgão Ambiental, informações sobre a qualidade do ar em tempo real. A classificação horária da qualidade do ar das diversas estações de monitoramento é disponibilizada nos aparelhos de telefones da população, via aplicativo da CETESB, no site em www.cetesb.sp.gov.br., bem como nos painéis de rua na cidade de São Paulo.

Tais informações também estão disponíveis na plataforma do Google Maps.

Além disto, no site da CETESB podem ser consultados boletins diários de qualidade do ar associados às condições meteorológicas, bem como boletins mensais.

Programas e ações de controle, também, são cruciais para reduzir a concentração de poluentes na atmosfera, especialmente em épocas de pouca ocorrência de chuvas. A chegada do inverno, faz com que haja maior preocupação devido ao aumento da incidência de doenças respiratórias. Nessa época, a dispersão de poluentes na atmosfera se torna mais difícil. Nesse sentido, os programas de fiscalização, controle e orientação são intensificados no Estado de São Paulo.

Informações consolidadas em relatórios, sobre as condições de qualidade do ar no estado de São Paulo, são publicadas periodicamente pela CETESB e a base de dados pode ser consultada no sistema QUALAR, na internethttps://cetesb.sp.gov.br/ar/qualar/.

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